segunda-feira, agosto 29, 2005

A volta da calourada

Fim de mais uma calourada e, pra variar, eu não tinha como voltar para casa. Quem sabe onde moro sabe também que é ultra longe do Itapery, local da reunião etílica e sonora dos acadêmicos. Estávamos eu e minha amiga que, para evitar retaliações futuras, não divulgarei o nome.

Era tarde, nos dirigimos então à parada de ônibus na esperança que passasse um coletivo – detalhe, eram três horas da madrugada. Aparece um taxista, teoricamente muito bem intencionado, que, a fim de nos poupar a espera, faz-nos uma proposta.

Ele tinha cara de estivador tarado misturado com Tonho da Lua e pra completar usava óculos à la Waldick Soriano. Assustador pra dizer pouco. Mas era ele ou ficar ali ao relento até que um Paranjana surgisse.

Por mim teria esperado o ônibus, porém, dotada de conhecimentos do Paimei, minha amiga usou suas forças ninja e me obrigou a entrar no carro. Até ai tudo ótimo. De repente o carro faz um desvio muito suspeito.

Meu coração gelou, fui de 37ºC a -10ºC em um segundo. Não me contive e perguntei: - Meu senhor, o senhor tá indo pra onde? A resposta que viria em seguida traçaria meu destino futuro. E ele: - Não se preocupe, tô indo lhe deixar em casa! Eu e minha – a essa altura não mais – amiga nos entreolhamos lívidas de medo.

Sabe aqueles momentos nos filmes em que a câmera dá um zoom na cara apavorada da mocinha quando o tarado entra em seu apartamento? Foi como se isso tivesse acontecido.

Olhei em volta a procura de algo com o que pudesse me defender de um possível, quase provável ataque. Não achei nada. Lancei mão de minha sandália - não há nada mais afiado que um salto.

Segui em silêncio até minha casa. Saltei do carro trêmula. Estava eu solta, o doido não fez nada comigo, todavia, ele ainda iria deixar minha amiga. Será que ele teria planejado tudo com antecedência? Percebeu que sou grande, maior que ele e preferiu concentrar esforços na minha pobre amiga? Já era tarde.

Fiquei no maior dilema – ligava ou não pra casa dela. Se ligasse e ela estivesse, ótimo, e se não estivesse? A mãe dela ia me matar! Já que a filha dela já o estaria. Resolvi dormir. Pensei, notícia ruim chega logo. Só fui ter notícia dela no outro dia à tarde! Ela estava viva e já me perguntando quando seria a próxima calourada! Eu hein!

Beijos na ...

quinta-feira, agosto 18, 2005

Por que ninguém me convida?

Bem que eu queria ter estado na Santa Ceia, bebendo vinho e comendo pão. Mas nem fui convidada. Certo que eu não era nascida ainda e nem faz meu tipo reuniões do gênero, todavia vinho bom e pão são ótimos pretextos!

Queria também ter participado de alguma reunião com os cavaleiros da Tabula Redonda, pense num luxo! Mas hei de convir que aquela armadura havia de pesar e minha coluna coitada, não agüentaria, e além do mais andar a cavalo não é uma das coisas que faço com destreza.

Podia então ter eu sido um dos Senhores dos Anéis. Ainda bem que pra isso não me chamaram, prefiro mil vezes ser um elfo!

Também não recebi bilhetes para a viagem inaugural do Titanic. Isso é outra coisa pra qual agradeço não ter sido convidada, pois se o tivesse sido eu mesma me encarregaria de afogar Rose e Jack – que casal sem graça!

Lembrei-me de outra; não me chamaram para integrar o esquadrão que defendia o mundo dos malfeitores – Os Changemans – tá, tudo bem, era uma série muito tosca, porém não menos divertida, mas vamos concordar que se eu fosse a Change Purple (acabei de inventar) não seria tudo!?

Falando sério; queria ter participado do Impeachman – é assim que se escreve? – do Collor, talvez, quem sabe, este convite eu esteja próxima de receber. Lula segure suas cuecas!

E por falar nisso, ninguém me chamou pra participar do mensalão, nem me deram dólares pra eu colocar na cueca, nem tampouco me ofereceram uma mísera malinha, até uma nécessaire eu aceitava! Que mundo injusto!

E por fim, estou chateadíssima com a falta de absurdo da quadrilha que assaltou o banco Central não ter me chamado pra carregar areia, cavar túnel – sou geógrafa! -, atender telefone, sei lá, plantar grama! Povo mais tratante, nam!

É isso, tô indignada porque ninguém me convida pra fazer parte dessas coisas! Caros amigos, sabendo de qualquer acontecimento do gênero, chamem-me, não se acanhem!

Beijos na ...

sábado, agosto 06, 2005

O que há?

Nem eu sei explicar o que há
Mas há muita coisa
E eu não sei explicar
Há um calor frio, nem sei por que
Há um toque que pesa levinho, não explicar
Tem sabor doce com nuances salgadas, tendendo para o apimentado, não sei como
Veio correndo devagar, sem explicação
Gritou baixinho, não sei como ouvi
Mas ouvi, vi, senti
Nasceu condenado a não existir, mas persistiu, não entendi por que
Só não sei explicar o que há, mas há

Beijos na ...

terça-feira, agosto 02, 2005

E a crise não passa!

To passando por mais uma crise de falta de criatividade. O negócio tá tão sério que arranjei esse nome peba para definir minha crise.
Como eu sou chique intitula-la-ei de super abstinência de atividade intelectual aguda – gostaram? Chique né?
Eu detestei, afinal sou a sofredora, a paciente, o monstro metido a médico que se automedica.
Preciso de um bom colírio alucinógeno, ou, sei lá, de alguma droga pesada como beijinho com coco para me fazer superar essa crise débil na qual me encontro.
Well, direi então como está minha vida.

- Perdi meu celular – tô sem comunicação com o mundo, oh mundo cruel!
- Tô cursando Direito na FIC – acreditem se quiser. Mas também tô na UECE la na Geografia e fazendo Inglês no Imparh. Ufa!
- Tô namorando – tô feliz, então sem comentários.
- E a crise não passa!

Beijos na ...

 
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