Morte à amnésia alcoólica

Uma amiga minha – sem comentários – exagerou no vinho nesse fim de semana. Pulou, dançou, tomou banho com roupa e tudo – eita mico hein miga. Cantou, gritou, deu beijo na boca. Até ai tudo bem, se tivesse parado por ai.

A louca, toda molhada levou altos tombos. Ainda está com a bunda toda doída. Que é isso amiga, essa não foi a educação que eu lhe dei! Você me mata de vergonha! E ainda por cima soube que ela ficou falando altas baboseiras. Falando em inglês! Vê se pode. A bêbada poliglota!

Ai ai, nunca mais levo você pra canto nenhum viu! Ou melhor, afastarei todo e qualquer conteúdo etílico das circunvizinhanças, ao menos pelo momento, até que você se recupere. É pro seu bem miga. Num fica chateada comigo não.

E pra acabar de piorar, essa minha amiga sabe, simplesmente não se lembra de nada do que fez, ou disse. Apenas uns flashes dos momentos em que ainda existia mais sangue que álcool nas veias. Quando a proporção se inverteu, deu-se a desgraça!

E a amnésia reinou até que de manhã ela foi acordada por seu cavaleiro alado com cheiro de café. Muito bom. Ele confirmou tudo isso que estou dizendo, e ela, mais uma vez, desejou morte à amnésia alcoólica. Amiga, faço coro: - Morte à amnésia alcoólica!!!

Beijos na ...