Meus pivetes

Quando levava meus pivetes - ops, as crianças menos desfavorecidas das quais sou guia nas horas vagas - para mais um ambiental, ecológico, educativo, pedagógico e, porque não dizer instrutivo passeio, tive a impressão de que este mundo está perdido!

Se depender daquelas crianças o mundo está com câncer no cérebro – e me disseram que é irreversível! Oh, o que será de nós!? Acho que dessa até o Chapolin colorado saiu de fininho! Eita abacaxi!

Pois bem, tudo bem que são pré-adolescentes, são os hormônios, mas não me lembro de agir animalescamente como eles agem! E acreditem, isso pra eles é natural! Será que o homem veio mesmo do macaco? Não tenho mais dúvidas disso!

Tudo isso de pedagogia de botequim, de dizer que eles não têm culpa de ser assim, que são produtos do nosso sistema excludente e blá blá blá não justifica! Será que eu tô indignada com aquelas crianças?

Eu tentei e tento passar algo de útil, mas simplesmente me revoltei quando vi uma das mães que acompanhava o passeio não dizer nada quando viu seu provável morador do IPPS – seu filho – jogar pra fora do ônibus um pacote de salgadinho, quando, a não menos de meio minuto eu tinha dito pra ele pôr no lixo! Eu quase bati na individua!

É por essas e outras que eu não ando armada, porque senão, nem sei!

Perguntas deles:
- Tia, o que é cigenio? (acho que ele se referia ao oxigênio, ficou por isso mesmo)
- Tia, no fogão solar a gente esquenta o Sol? (isso foi só o começo)
- Tia, no mangue tem muita manga né? (essa doeu!)
- Tia, eu posso pegar caju? (detalhe, quando esse me perguntou isso já tava em cima da árvore derrubando todos os cajus possíveis)
E por ai vai...

É depois dessa empreitada acho que vou pro céu!

Beijos na ...